• Njinga posted an update

      5 months ago

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      A manutenção da fazenda colonial na metrópole


      A metrópole ora imundamente suja, ora imundamente limpa é esse lugar de aparências que mistura revivalismo e futurismo com manchas de sangue de violência sádica. Ninho de mentirosos crônicos, é esse o local herdado pela descendência euroasiática. Aqui nosso trabalho financia a bêbada orgia capitalista na velha metrópole. Há sim um sentimento de inconforto, mas facilmente dissipável, tão breve quanto a brisa do mar. O sentimento de angústia é mais forte, é constantemente produzido, fustigado, cuspido e alimentado. O produto final após diversas perdas substanciais é a lucrante posição de vulnerabilidade infantil e paternalista que demanda a autoridade colonial.

      A fazenda colonial, lugar originário da metrópole, é mais cru/cruel e a angústia é pior. Aqui a violência sádica é mais escancarada, a demanda pela alienação da realidade faz aumentar a busca pela autodestruição. É uma guerra psicológica, herança eugênica que tem como função quebrar o espírito/vontade de uma pessoa. Uma sociedade alcoolizada não tem perspectiva de futuro, não vê nada além da plantação e o natal, dia que permite-se beber e que não se trabalha. A rotina diária é esperar e rezar ajoelhado e reclamar de sua maldita condição. É um ciclo de pobreza e autodestruição em que pessoas apáticas não conseguem superar.

      Da mesma forma que um viciado faz tudo para sustentar seu vício, para conseguir algo positivo ou vantajoso coloca-se até os próprios filhos na linha de tiro ou na mira de um predador. Não há limites éticos, tudo vale para que os novos capitães do mato sustentem sua família. Ou seja, houve uma massificação dessa forma patológica de lidar com o mundo, com seus iguais e seus perpetradores. O sistema de punição e recompensa estudado em animais e utilizado como forma de controle de comportamento em seres humanos, hoje se tornou característico da relação entre brancos e não brancos. E é essa a função social orquestrada, condicionada para que os pardos foram criados, eles que trabalhando na casa grande ganharam um status maior entre seus mestres e são “como se fossem da família”, reforçam os estereótipos e as narrativas coloniais. Desde o empragamento de Kemet pelos euroasiáticos, uma das principais estratégias é a miscigenação tanto para ganhar a guerra antes dela começá-la quanto para destruir por dentro uma civilização. E obviamente como esperado, grande parte vive para satisfazer os caprichos e sadismo de seu marido/esposa europeu e para embranquecer cada vez mais sua descendência. Mas, não devemos condenar aqueles que foram originados pela suja mão branca que assaltou o útero sagrado de nossas mulheres Afrikanas. É sobre acontabilidade/proceder/responsabilidade, essa é a forma de medir lealdade e dedicação a luta. Traição e covardia podem vir de qualquer lado, não há predefinição.

      A fazenda moderna segue o modelo europeu de vilas paroquiais, onde as igrejas tinham papel fundamental na administração e cotidiano desses lugares. Como a escravização, isso é sobre o gerenciamento e a manutenção da miséria de forma a perpetuá-la. A existência de indivíduos seriamente disfuncionais e autodestrutivos, originados no abuso e na privação de um ambiente e socialização saudável e Afrikano, exclui a necessidade de supervisão direta por parte dos eurasianos nascidos nas colônias. Essa continua sendo a realidade de muitas cidades do interior do Brasil e de outros países colonizados. A guetização de um território seja de um bairro, cidade, estado ou país visa a promoção da exclusão, escassez, imoralidade, desespero, etc… Não é por acaso que nossa sociedade (sendo criminogênica) gerencia, estimula e desenvolve a criminalidade em locais específicos onde por exemplo há uma maior presença Afrikana. Enquanto que de forma contrária, os locais com maior presença euroasiática são alvo pesado de políticas públicas e investimento privado.

      O que significa de forma prática esse abandono, essa escassez? Uma vida baseada em fuga da realidade pela impotência que se sente em enfrentá-la. A fuga se dá, por exemplo, pelo álcool, por outras drogas ou pela religião do sequestrador. Ser parte da solução e não do problema nunca é a opção. Viver ou buscar uma vida como a do europeu é muito mais gratificante, mesmo que isso comprometa sua sobrevivência e necessidades básicas. Filhos negligenciados, gravidez precoce e aluguel atrasado, mas não se pode faltar um iPhone na mão ou uma moto. Para não pensar em sua condição, perder tempo com distrações é fundamental, e o que está disponível de forma mais fácil são somente coisas autodestrutivas e autodepreciativas. Se aparece alguém tentando construir e estimular algo positivo é ridicularizado, abafado e questionado sobre suas verdadeiras intenções. Mentecídio no mais alto nível. A exploração dessa situação é feita por aqueles que tem influência política e poder econômico. Enquanto que o povo tem que se humilhar e desprezar uns aos outros em troca de trabalho por favorecimento político. Não subestime um individuo mentecida, é capaz de tudo, sabotagem é seu nome do meio.

      Há uma falta de entendimento gritante sobre a nossa realidade. Entende-se que vivemos uma democracia racial onde somente existe casos isolados de injustiça. Não entende-se a razão de sua pobreza e nem busca-se entender a perpetuação dela. De acordo ao livro Nosologia AZIBO II que desafia o DSM utilizado de forma majoritária por profissionais da saúde mental, as doenças mentais são resultado de um pensamento e comportamento que vão contra a manutenção, proteção e desenvolvimento da própria raça. Logo, podemos entender o quanto é danoso viver nesse ambiente colonial fabricado e desenvolvido no cotidiano desde os tempos da invasão colonialista. A esquerda DESCONTEXTUALIZA esse fato irrefutavelmente explicitado pelas estatísticas dos piores indicadores sociais, de modo a desarmar justamente essa necessidade de agir de modo soberano em prol de nosso povo. Contribuindo, então, para a manutenção de desordens e transtornos que afetam nosso povo. A SOLUÇÃO gira em torno de oferecer uma aceitação e compaixão adequada da humanidade dessas pessoas de ascendência Afrikana confusas, SEM advogar/aceitar seu comportamento. E então por um processo de engenharia reversa: onde se desmonta e analisa para descobrir seu funcionamento, recria-se ou melhora-se o que está desatualizado e inova-se; Deve-se reposicionar o que foi deslocado pela violência e terrorismo psicológico euroasiático.

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